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Antes de começar esse conteúdo eu preciso explicar...
O que é Neuroiência?
Como profissional da área de produtos digitais, sempre fui fascinado pela maneira como nossas criações impactam os usuários.
Porém existe uma dimensão neste campo pouco explorada: a aplicação da neurociência. Este ramo da ciência, que estuda o sistema nervoso e o cérebro humano, oferece insights valiosos sobre como as pessoas interagem com tecnologias digitais.
E hoje vou compartilhar um pouquinho dos meus conhecimentos sobre como a neurociência pode transformar a experiência do usuário em produtos digitais.
Entendendo o Cérebro do Usuário
Antes de mais nada, você precisa compreender alguns conceitos básicos de neurociência.
O cérebro humano é um órgão complexo, responsável por nossas emoções, pensamentos e comportamentos. E, ao projetar produtos digitais, devemos considerar como eles afetam estas três áreas.
Emoções: Produtos que evocam emoções positivas tendem a ser mais bem recebidos.
Essas emoções podem ser provocadas através de funcionalidades que resolvam o problema de forma simples, cores, fontes, tamanhos e imagens que criem uma conexão com o usuário, por exemplo.
Pensamentos: A facilidade de uso influencia diretamente o pensamento do usuário sobre o produto.
Ser fácil, não significa ser enxuto. Gmail é meu case do coração, diversas funcionalidades, todas simples, cumpre de forma ordenada o que se propõe, deixando seus usuários com pensamentos satisfatórios após seu uso.
Comportamentos: O design pode incentivar determinados comportamentos, como a continuidade do uso do produto.
Fluxos tem tudo haver com o comportamento do usuário, modelos mentais nos ajudam a colocar práticas do dia a dia incorporadas em produtos digitais de forma a tornarmos o apendizado do nosso usuário mais adequado aos comportamentos comuns dele.
Aplicando princípios da neurociência
Agora, vamos falar sobre neurodesign, a prática de criar produtos digitais com design baseados em princípios neurológicos.
Lembrando que design não é sobre interface, e sim sobre tudo que facilita a interação humana.
Aqui estão algumas formas de aplicar:
Simplicidade e clareza: O cérebro prefere designs simples e intuitivos. Evite sobrecarregar o usuário com informações desnecessárias. Menos é mais, como diria Mestre Fogazza no Master Chef.
Cores e contrastes: As cores influenciam o estado emocional do usuário. Use-as estrategicamente para destacar elementos importantes de acordo com o que seu produto digital oferece. Contexto é tudo!
Feedbacks instantâneos: Respostas rápidas do sistema ajudam o usuário a entender que suas ações foram reconhecidas. Não esqueça jamais de considerar retorno de erros! Se possível mostre como corrigí-los. Lembre-se que nem sempre seu usuário fará o caminho feliz da jornada.
Futuro das experiências digitais
A neurociência oferece um caminho fascinante para entender e melhorar a experiência do usuário em produtos digitais. Com ela, podemos criar experiências mais intuitivas, envolventes e satisfatórias.
Estamos apenas arranhando a superfície do que é possível com a neurociência, com bons investimentos em pesquisas como EEG (Eletroencefalograma), que é capaz de medir a atividade elétrica do cérebro e pode mostrar como os usuários reagem a diferentes aspectos de um produto, ou Eye Tracking, que pode monitorar para onde o usuário está olhando, ajudando a entender o que chama sua atenção.
Com tantos caminhos e pesquisas eu me sinto minimamente animada para ver como essa área vai evoluir nos próximos anos. Afinal, ao entender melhor o cérebro humano, podemos não apenas criar melhores produtos digitais, mas também enriquecer as vidas das pessoas que os utilizam. Incrível, não acha?
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