GA4 métricas na prática: como tirar insights valiosos para seu produto de um mar de dados
- Bruna Fonseca

- 15 de jul.
- 4 min de leitura
O que você precisa saber para usar as métricas do GA4 de forma estratégica em seu produto digital?
Com a chegada do Google Analytics 4, as métricas evoluíram e, com elas, os desafios de interpretação também. Para times de produto que trabalham com dados e decisões baseadas em comportamento do usuário, dominar as métricas do GA4 é mais do que necessário: é estratégico.
Neste conteúdo, você vai entender como transformar dados brutos em decisões práticas que movimentam o roadmap e geram valor real. Bora lá?
Estrutura do GA4: como interpretar métricas em produto
Ao contrário da versão anterior do GA, o GA4 é centrado em eventos personalizados, o que permite uma análise mais contextualizada da jornada do usuário. Para o time de produto, isso significa que é possível mapear ações específicas que importam para o negócio, como cliques em CTA, interações no onboarding ou uso de funcionalidades-chave.
Esses eventos são o ponto de partida para identificar onde o produto está entregando valor, ou não, e como otimizar as experiências com base em dados reais.
Aproveite para entender melhor o OKR produto e como traduzir a estratégia em resultados
Eventos e métricas personalizadas do GA4: o que rastrear em produto
O segredo aqui é pensar como PM: o que de fato indica valor entregue para o usuário? Para isso, configure eventos como:
Primeira ativação
Acesso recorrente
Engajamento com feature principal
Taxa de conversão em experimentos
Essas são GA4 métricas que fazem sentido para decisões de roadmap e não apenas para relatórios. São elas que vão te mostrar se a nova funcionalidade está sendo adotada, se o onboarding está fluindo e se o usuário está encontrando valor logo nos primeiros cliques.
📌 IMPORTANTE: registre os eventos com nomes intuitivos e acompanhe-os nos rituais da squad, como Reviews. Isso ajuda a manter a visão analítica sempre ativa no time.
Funis e comportamento do usuário: usando GA4 para validar hipóteses
Com o GA4, também é possível montar funis personalizados que refletem as etapas críticas da sua jornada, seja para medir sucesso no onboarding, identificar gargalos em ativações ou até entender por que um novo recurso não está sendo usado.
O time de produto pode cruzar essas métricas do GA4 com testes A/B, entrevistas ou dados qualitativos do Hotjar, por exemplo. Assim, o dado vira ponto de partida para ciclos de discovery mais direcionados e assertivos.
Aqui vai um exemplo prático: percebeu uma queda brusca no funil de ativação? Rode uma análise de comportamento no Hotjar e entreviste 3 a 5 usuários dessa etapa. Isso pode embasar um experimento ou uma nova priorização no backlog.
E já que falamos de Discovery, vou deixar o link do meu último conteúdo sobre OKRs, onde eu trago insights de como (re)ativar seus objetivos do discovery ao delivery.
Segmentações e análise de público com foco em produto
Outra vantagem poderosa do GA4 é a possibilidade de criar segmentos dinâmicos baseados no comportamento e nas características dos usuários. E pra quem trabalha com produto, isso muda a direção.
Esses segmentos permitem que você entenda com muito mais precisão como diferentes perfis interagem com sua solução, desde quem só explora até quem realmente engaja.
Com essa leitura segmentada, dá pra perceber padrões: quem ativa uma funcionalidade logo no primeiro acesso, quem volta depois de dias, quem acessa por mobile e converte mais, ou até mesmo quem abandona em um ponto específico da jornada. Esse tipo de insight permite personalizar estratégias de retenção, aprimorar o UX e até adaptar feature flags para determinados comportamentos.
E o diferencial? O GA4 permite cruzar eventos, parâmetros e atributos de forma granular e contextualizada. A análise deixa de ser superficial e passa a refletir ações reais que geram ou impedem o valor dentro do produto.
Integrações entre GA4, SEO e ferramentas de produto
Quer unir marketing e produto com inteligência? Conecte o GA4 com:
Google Search Console: analise intenção de busca X comportamento in-app.
Hotjar: entenda o como o usuário age depois do clique.
Amplitude: complemente suas análises com fluxos e retenção por cohort.
Essa combinação expande a leitura das GA4 métricas e ajuda o time a navegar com clareza entre aquisição, ativação e engajamento, com dados que contam uma história completa.
📌 IMPORTANTE: defina um pequeno painel integrado entre essas ferramentas para revisar semanalmente nas cerimônias. Isso transforma o GA4 numa ferramenta viva de apoio à priorização.
Métricas do GA4 como alavanca de decisão em produto
Dominar as GA4 não é sobre saber tudo, é sobre saber o que importa.
Quando o time de produto usa essas informações para validar hipóteses, medir impacto e ajustar rotas com agilidade, o dado deixa de ser ruído e vira direção.
Mais do que uma ferramenta de analytics, o GA4 se torna um elo entre estratégia e execução, entre visão e entrega. Um time que sabe ler dados certos no momento certo constrói produtos melhores. Simples assim.
Entenda melhor o papel dos dados no ciclo de vida do produto, desde a priorização até a entrega de valor.
Conteúdo extra:
Para que você possa ampliar seus conhecimentos sobre GA4, recomendo a leitura do Guia oficial de GA4 para eventos Também quero deixar o case da GrowthHackers, como material de apoio para você entender como ele usaram GA4 para otimizar experimentos.






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