Mentiras que todo PM já ouviu (ou já contou!) na gestão de produto digital
- Bruna Fonseca
- 1 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 8 de mai.
Quem trabalha com gestão de produto digital já entendeu: o cargo de PM vem com um bônus especial — você vira um radar de promessas, justificativas e migués. Dos outros… e às vezes, seus próprios.
Sim, eu também já caí em várias. Já repeti algumas. E hoje decidi listar aqui as mentirinhas clássicas da vida de quem trabalha com produto digital, com uma boa dose de ironia (e realidade). Bora?
1. “A gente só precisa desenvolver isso rapidinho…”
Mentira clássica, quase inofensiva — até virar um escopo de seis meses.
Essa frase costuma surgir com um contexto mal definido, urgência criada do nada e zero Discovery. Ou seja: o oposto de uma boa gestão de produto digital.
Nada é “rapidinho” quando envolve alinhamento, design, desenvolvimento, QA e go live. Se você ouviu essa frase, já liga o alerta. E se foi você quem disse... revisita esse escopo, por favor.
2. “O cliente pediu, então a gente tem que fazer”
Ah, o famoso Product Management by WhatsApp.
Ouvir o cliente é essencial em qualquer boa estratégia de produto digital. Mas fazer tudo o que ele pede? Erro de principiante.
Cliente sente a dor — mas raramente conhece a melhor solução. Cabe a nós, PMs, investigar o problema real, validar hipóteses e só então decidir o que (e se) vale construir. Feedback não é demanda. Às vezes, é só um insight bruto esperando ser lapidado.
3. “A gente vai descobrir isso depois”
Frase que desafia qualquer lógica de gestão de produto digital. Usar o Delivery como desculpa para não pensar no Discovery? Não dá.
“Descobrir no Delivery” geralmente é sinônimo de empurrar a bomba pro time técnico e esperar que resolvam sozinhos.
O Discovery é onde moram as boas perguntas. O Delivery é onde você deveria ter, no mínimo, as respostas alinhadas.
4. “Estamos 90% prontos”
A mística dos 90%. O “tá quase” que pode durar semanas (ou meses).
Essa porcentagem mágica aparece quando ninguém quer admitir que o escopo aumentou, os imprevistos bateram ou que o planejamento estava furado desde o início.
E spoiler: 90% sem alinhamento, testes e rollout não é 90%. Em Product Management, isso é, no máximo, 50%.
5. “Esse projeto é só para cobrir um gap temporário”
Spoiler: não é.
Toda solução “temporária” tem um talento nato para virar definitiva. O MVP vira produto final. A gambiarra entra no roadmap. E ninguém mais lembra que era “só um paliativo”.
E quando der problema (vai dar), adivinha em quem vão colocar a culpa?
Essa é uma das armadilhas mais perigosas na gestão de produtos digitais: normalizar atalhos como solução estratégica.
Por que a gente continua ouvindo (e contando) essas mentiras no dia a dia da gestão de produto digital?
Porque a pressão é real.
Porque alinhar expectativas em uma área de Product Management é desafiador.
Porque às vezes, é mais fácil acreditar numa versão conveniente do que encarar a complexidade real de fazer gestão de produto digital bem feita.
Mas chega uma hora em que a gente aprende a identificar essas falácias. E mais: aprende a evitá-las, com conversa aberta, dados, planejamento e a dose certa de coragem para dizer “não”.
Bora falar de verdade sobre gestão de produto digital?
Se você também já ouviu ou contou alguma dessas mentiras, saiba que não está sozinho. Mas a boa notícia é: dá pra fazer diferente.
E se quiser sair do modo “sobrevivência” e mergulhar no que realmente importa em gestão de produto digital, vem pra nossa Imersão. Um conteúdo direto ao ponto, prático e provocador sobre o que é, de fato, fazer Product Management do jeito certo.
💡 Inscreva-se aqui e vire a chave da sua carreira em produto digital. Porque o primeiro passo pra melhorar sua gestão é parar de se enganar.
Leia também sobre gestão de Stakeholders e o uso do Miro na gestão de produtos.
Comentarios