Gestão Ágil Produto: como adaptar métodos e frameworks para performance e entrega de valor
- Bruna Fonseca
- 9 de set.
- 4 min de leitura
Quando comecei minha trajetória como Product Owner, aprendi que mover-se rápido não significava entregar valor. Conheci muitos times que aplicavam frameworks ágeis como Scrum ou Kanban com rigor quase religioso, mas ainda assim, as entregas não refletiam impacto real no negócio.
Foi nesse momento que entendi: agilidade sem propósito de produto gera movimento, mas não necessariamente progresso. Usar apenas frameworks não é o suficiente.
Por que frameworks ágeis sozinhos não bastam?
Muitas organizações adotam métodos ágeis, mas nem sempre percebem o aumento no valor entregue ao usuário. Ou seja, velocidade não é sinônimo de impacto. Eu mesma já vivi isso em minha carrreira: em um dos meus projetos, precisei lançar funcionalidades para um aplicativo financeiro. Entregamos tudo no prazo, mas a adoção pelo usuário final foi mínima. A culpa? Falta de Discovery.
Frameworks ágeis, como Scrum e Kanban, são excelentes para estruturar cadência e priorizar tarefas, mas sem insights claros sobre necessidades do usuário, as sprints se tornam exercícios de produtividade vazia. Quando entendi isso, comecei a integrar práticas de discovery, com o uso de ferramentas do Design Thinking, Design Sprint e Lean Inception, ao meu fluxo de delivery.
Mudar para essa abordagem trouxe clareza sobre o que realmente importava para os usuários e para o negócio e transformou as entregas em resultados percebidos, ao invés de apenas tarefas concluídas. Isso é a verdadeira Gestão Ágil em Produto!
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Como integrar Discovery e Delivery de forma contínua em times de produto
Para abordar esse tópico, preciso compartilhar com você algumas experiências, até porque não tem como falar de gestão ágil produto sem ter experiência na área.
Estava trabalhando em um projeto de onboarding de conta digital onde utilizamos ferramentas do Design Thinking para validar uma hipótese de jornada do usuário. Durante esse periodo, mapeamos problemas reais do usuário, criamos protótipos de baixa fidelidade e baixa resolução, e testamos com clientes reais. No final, havíamos reduzido o risco de investir seis sprints inteiras em algo que não resolveria o problema.
Isso nos trouxe uma mentalidade centrada no usuário para decisões estratégicas. Ao mapear os dados, conseguimos quantificar: 63% dos clientes abandonavam a jornada de cadastro, o que nos guiou a priorizar melhorias focadas em simplicidade e fluidez, sem abrir mão da segurança, afinal era uma conta digital.
Ter números concretos me permitiu argumentar e tomar decisões com confiança, em vez de confiar apenas em suposições.
Onde quero chegar com isso:
Integrar discovery e delivery de forma que cada decisão fosse baseada em dados reais e insights do usuário, garantiu que o time investisse tempo e esforço no que realmente geraria impacto. Foi possível não apenas reduzir riscos e evitar desperdício, mas também criar um fluxo de trabalho contínuo, onde priorização, aprendizado e execução caminham juntos, transformando esforços ágeis em valor percebido pelo cliente e pelo negócio.
Você sabe como alicar isso na prática?
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Um ponto muito importante que aprendi é que em gestão ágil produto, frameworks não devem ser aplicados de forma rígida, mas você deve saber o by the book para ter domínio de onde e como pode adaptar com segurança. Cada negócio tem contexto, cultura e maturidade diferentes. E tá tudo bem!
Lidando com mudanças de direção na gestão ágil produto
Mudanças de prioridade são inevitáveis. Já precisei pivotar funcionalidades inteiras por feedback do usuário ou mudanças de mercado. Ter uma gestão ágil adaptada ao produto faz toda a diferença na hora de realocar recursos, refinar backlog e comunicar o valor de cada mudança para stakeholders.
Essa integração de discovery + delivery mantém o time focado, reforça a cultura de aprendizado contínuo e transforma cada sprint em um ciclo de busca por objetivos de entrega de valor.
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Agilidade com propósito de produto
Agilidade com propósito de produto é sobre entregar valor validado, não apenas velocidade. Adaptar frameworks à realidade do negócio, integrar discovery com delivery e usar métricas de impacto transforma o trabalho do time em resultados concretos.
Para Product Owners, product Managers, Agilistas de uma forma geral e Tech Leads, isso significa alinhar método com estratégia, insight com execução e aprendizado com entrega, criando um ciclo virtuoso de inovação e impacto.
Além disso, entender como integrar discovery e delivery em times de produto garante que cada sprint traga valor real para o cliente e para o negócio.
A diferença entre mover-se rápido e mover-se certo é clara e mensurável.
Se você quiser começar hoje: escolha uma hipótese crítica do seu produto, e coloque o contínuous Discovery em prática.
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