Já pensou se você pudesse aprender com o erro, mas sem precisar errar? O conteúdo de hoje é para isso. Vou te contar 3 coisas que aprendi na prática e que serão de grande valor para a sua carreira, principalmente para evitar alguns erros.
Ao longo da minha carreira aprendi muitas coisas na raça. E algumas coisas já até compartilhei aqui com vocês, como, por exemplo: porque é que os projetos Scrum falham, melhorar a sua Sprint e o valor do Feedback.
E hoje, quero compartilhar 3 novas coisas fundamentais que vão economizar alguns quilômetros rodados na sua vida profissional.
São elas:
O poder do protótipo
Fazer um projeto por vez
Front-end não é UX e nem UI
1° O poder do protótipo
O meu primeiro aprendizado importante deste conteúdo é com relação aos benefícios do protótipo. E acredite, por mais que você não consiga identificar aí agora algum benefício importante, eu te garanto que tem. Inclusive, vou trazer alguns aqui.
Vejamos:
O protótipo possibilita economia de tempo, recursos, energia e também de dinheiro: o protótipo faz a validação do produto, dizendo se ele tem aceitação do ponto de vista do usuário, e também com relação à idealização e a usabilidade.
E esse já é um grande benefício, pois se a gente parar e pensar que tempo é dinheiro, a gente entende, por consequência, que não gastar tempo desenvolvendo algo sem ter a informação de se foi ou não validado, é economia de tempo, recursos, energia e também de dinheiro. Né?!
O protótipo ajuda o Product Owner: imagine só o trabalho difícil que é de escrever o produto sem ver a tela… São tantos detalhes (quebrar estórias, estabelecer as regras de negócios e os critérios de aceites, entre outros).
Contudo, com os protótipos em mãos esse trabalho fica bem mais fácil, embora não seja simples (precisamos deixar isso claro).
O protótipo auxilia o time: ao anexar o protótipo no card da estória do usuário, ele ajudará o time inteiro no desenvolvimento, bem como ajudará o QA a realizar a comparação e análise da fidelidade do produto desenvolvido ao modelo original (protótipo).
Aí você pensa: “Bruna, eu já tinha notado esses três. Pensei que seria algo diferente.”
Bom, é ótimo que você tenha notado essas coisas. Então você já pode pular a leitura para o segundo aprendizado, logo abaixo, se quiser.
Contudo, penso que se sacou tudo isso na prática, assim como eu, você certamente teve que passar por problemas ao não dar tanto valor para o protótipo desde o início, não é mesmo?
Pois é. O objetivo principal aqui é ajudar a quem ainda não passou por tais problemas, para não precisarem passar entende? Seria legal que tivéssemos na nossa época de início de carreira, alguém fazendo isso também, né?!
Aliás, se você tem algum outro benefício sobre protótipo, te convido a comentar aqui e ajudar a mim e aos outros. Uma coisa que a gente precisa é entender que conhecimento bom, é quando ele é compartilhado.
Leia também: 3 modelos mais usados de protótipo
Continuando…
2° Estar em um projeto por vez
A segunda coisa que aprendi na prática e, é de extrema importância, é sobre a necessidade de “tocar” um projeto de cada vez.
Muitas vezes, a gente só entende isso, quando já deu zebra em vários projetos. Isso porque, culturalmente, temos o pensamento de que podemos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo (as mulheres principalmente rs). Só que não é bem assim.
A própria PNL (Programação Neuro Linguística), já comprovou em muitos estudos, que nós (homens e mulheres) até conseguimos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Porém, faremos todas elas com menos performance e menor qualidade. E, na nossa profissão, muitas vezes, isso não é suficiente, concorda?
Ou seja, por mais que possamos fazer mais de um projeto por vez, é preciso que entendamos que ele será prejudicado nos quesitos performance e em qualidade. Vale ressaltar que fazer isso pode desgastar a parte psicológica e prejudicar muito o time nos próximos projetos.
A palavra aqui é foco. E o foco, sendo um dos valores SCRUM, sempre deve estar em uma coisa só.
Continuando, a terceira coisa que aprendi após tomar algumas cacetadas na cabeça, e que quero compartilhar com você é: Front-end não é UX e nem UI.
Leia também:. 5 Erros comuns dos profissionais da agilidade
3° Front-end não é UX e nem UI
Apesar de hoje, o que nós mais encontramos no mercado serem vagas que tentam economizar na contratação desse profissional, exigindo que o Front-end também exerça a função de um UX e UI, é importante saber que não se pode exigir isso.
Gente, tem que ficar claro que estamos falando de 3 profissionais diferentes aqui.
UX: que tem o papel de pensar na experiência do usuário.
UI: que deve pensar no Design da interface do produto.
Front-end: que desenvolve o que os dois (UX e UI) pensaram.
Assim, o desenvolvedor Front-end não tem que fazer o papel do UX e nem do UI. Ou seja, a única coisa que dá para exigir do Front-end é um desenvolvimento de qualidade, de tudo que foi pensado pelo UX e UI.
E, novamente, aqui podemos ressaltar o poder do protótipo na hora de auxiliar o desenvolvimento.
Se o Front-end souber fazer as três funções, ótimo, “CASE COM ELE EM COMUNHÃO DE BENS”. Mas, não é obrigação dele. E ter essa consciência é sobretudo um ato de boa gestão. Entendido?
Tomara que sim. Te espero no próximo conteúdo.
Se puder, leia também: Vagas Scrum: O golpe tá aí, cai quem quer!
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